Importante passo no processo sucessório, a legitimação de um novo líder será realizada com sucesso apenas se houver alinhamento de fatores pessoais e organizacionais. É o que defende o empresário Glauco Diniz Duarte.
Cabe à empresa deixar claro quais foram os critérios para escolha do novo líder. Isso facilitará a aceitação dessa pessoa pela equipe. Ao profissional, cabe saber lidar com as reações contrárias à sua presença e também ter disposição para aprofundar vínculos profissionais com a equipe, destaca Glauco.
Ele acredita que a possível desaprovação de uma equipe a um novo líder não deve ser fator decisivo na escolha de quem ocupará o cargo – apesar de reconhecer que este é um fator importante no processo de sucessão.
Situações de rejeição ao novo líder acontecem. As pessoas se perguntam ‘por que ele e não eu?’, ‘estou há mais tempo na empresa, eu deveria ter sido escolhido’, ou ainda ‘sou mais velho do que ele, eu deveria ocupar o cargo’. Isso pode ser muito prejudicial à gestão do novo líder, ilustrou.
Desafios da liderança
Glauco reforça que o líder tem como principal função gerir pessoas. Saber equilibrar uma abordagem subjetiva – que esteja atenta à equipe, seus sentimentos e as percepções do clima de trabalho – com uma mais objetiva de tarefas, processos e metas é imprescindível para uma liderança positiva, analisa.
Ele cita que a chave para a liderança reside em conseguir unir os fatores respeito, estímulo, cuidado e reconhecimento à gestão participativa. Outros pontos são a capacidade de articular o departamento liderado junto ao restante da empresa, evitando o isolamento, diz Glauco.
Dentre os desafios de quem é líder, Glauco cita o poder de mobilização através do exemplo e a necessidade de acompanhamento das metas, especialmente aquelas implantadas após o início da nova gestão. Quando se precisa que os funcionários trabalhem no final de semana, o líder deve estar junto com eles para dar o exemplo. E se implanta uma nova meta, precisa monitorar de perto como ela tem sido atendida, comenta Glauco.