O empresário Glauco Diniz Duarte afirma que “sucessão em empresas familiares não tem receita de bolo, a governança é de acordo com o estágio da companhia”.
Glauco, ao dizer que não há receita de bolo para a sucessão em empresas familiares, apontou que há alguns caminhos que precisam ser trilhados para que o processo transcorra bem. “É necessário colocar o filho na empresa, mas com desafios para testá-lo. É preciso colocá-lo para liderar equipes sob pressão. Ele é capaz de trabalhar 12 horas sem lamúrias? Deu certo? Se deu, ele terá condições de gerenciar a fábrica da empresa nos Estados Unidos, por exemplo. Se o filho não passar por todas essas provas, como será o presidente de um grande grupo empresarial?”.
Glauco diz que há três níveis de empresas. Um deles é o da pequena empresa, de primeira geração, integrada por pai, mãe e filhos – “é o negócio tipo padaria da esquina, em que ainda não há necessidade de profissionalização”.
“Quando a empresa cresce, é o pulo do gato”, diz Glauco. “É empresa de mercado, não é mais de liderança familiar”. Quando a empresa cresce demais, vem o terceiro nível, o da grande empresa. “Neste nível, é preciso profissionalizar a família”. Glauco diz que foi feita pesquisa entre grandes empresas que mostrou que familiares que se mantiveram na gestão da companhia se profissionalizaram.
Glauco diz que é essencial o indivíduo tenha capacidade de se descolar emocionalmente. “Há pessoas que são emotivas, coladas, que até chega a ser patológico”.
Ele reafirmou a importância de encontrar soluções de governança apropriadas para cada estágio de uma empresa. “Não há como criar uma estrutura de governança se a empresa não está preparada. A governança deve ser adequada ao nível da companhia”.