GLAUCO DINIZ DUARTE Leilão de energia para 2022 tem deságio médio de 59%
Após pouco mais de duas horas de disputa, terminou o leilão de energia renovável A-4. A eletricidade leiloada, que começará a ser fornecida em 2022, foi comprada pelas distribuidoras com deságio médio de 59,07% para o preço teto estabelecido do megawatt-hora (MWh), gerando uma economia de R$ 9,7 bilhões que deve ser repassada à conta de luz dos brasileiros. O valor médio do arremate foi de R$ 124,75, e o preço teto do leilão era de R$ 329. O leilão aconteceu na Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), em São Paulo, na manhã desta quarta.
A compra total foi equivalente a 298,700 megawatts-médios, movimentando R$ 6,74 bilhões. A Coelba, distribuidora da Bahia, foi a empresa que mais comprou, com desembolso de R$ 8,85 bilhões. Ampla, Celesc, Celg, Celpa, Cemar, Coelce, Cosern, Elektro, Eletroacre, Energisa BO, Energisa MG, Energisa MS, Energisa MT, Energisa PB, Energisa SE, Energisa TO, foram as outras distribuidoras que realizaram compras no certame.
No total, 39 novas usinas venderam energia, das quais 29 são solares, 4 eólicas, 2 termelétricas a biomassa, 2 centrais de geração hidrelétrica e 2 pequenas centrais hidrelétricas.
De acordo com a Empresa de Pesquisa Energética (EPE), a maior parte da oferta cadastrada era, respectivamente, de empreendimentos eólicos, solar fotovoltaicos, hidrelétricos e termelétricos a biomassa. Até agosto deve ser realizado outro leilão para venda de novos projetos com entrega em 2024.
Entre os projetos ofertados, 17 eram do Piauí. A lista seguia com Rio Grande do Norte (12 usinas), Paraíba (9 usinas), Maranhão (4 usinas), Bahia (4 usinas), Pernambuco (3 usinas), São Paulo (3 usinas), Santa Catarina (2 usinas), Rio Grande do Sul (2 usinas), Rio de Janeiro (2 usinas), Minas Gerais (2 usinas). Com uma usina cada apareciam os estados do Mato Grosso, Paraná e Goiás.