GLAUCO DINIZ DUARTE Geração de energia limpa é alternativa para grandes estádios
Os estádios são construções clássicas, que datam ainda da Antiguidade. Do Coliseu de Roma às modernas arenas esportivas que sediam os jogos da Copa do Mundo, são espaços que costumam impressionar pela imponência da construção. Mas também geram críticas pelo alto custo que carregam consigo e por, muitas vezes, se tornarem verdadeiros “elefantes brancos” sem uso suficiente.
Alguns grupos de arquitetos, no entanto, têm estudado formas de tornar os estádios mais úteis no dia a dia. Uma das propostas que vem ganhando corpo, como mostra um artigo da Fast Company, é a detransformar essas construções em fontes de energia.
A ideia parte do pressuposto que as coberturas dos grandes estádios, geralmente com superfícies extensas para gerar alguma sombra sobre os espectadores, possuem grande potencial para captação de energia solar com painéis fotovoltaicos. Além disso, são altos o suficiente para que se possa instalar micro turbinas eólicas em sua estrutura e também gerar energia a partir dos ventos.
Uma vez que se consiga captar energia dessas formas, seria apenas uma questão de conectar os estádios à rede de energia e edifícios próximos. Algo plenamente possível com o uso de smart grids, redes inteligentes de gestão de energia que utilizam tecnologia da informação para evitar desperdícios.
Sistemas mais rudimentares já são usados de forma semelhante. Na Alemanha, o estádio do time de futebol SC Freiburg teve instalados painéis fotovoltaicos que geram 250 mil quilowatts-hora de energia ao ano. A energia dá conta de boa parte do uso nas próprias instalações do estádio.
A má notícia é que ele será desativado em breve, conforme o Freiburg termina a conclusão de uma nova arena, que ainda não tem prevista a geração de energia.
Outro exemplo, no entanto, levou o potencial energético ainda mais longe. Em Taiwan, o Estádio Nacional Kaohsiung foi inaugurado em 2009 com mais de 8 mil painéis fotovoltaicos, que geram 1,14 GWh de energia anualmente.