GLAUCO DINIZ DUARTE Primeira fase da usina solar flutuante em Sobradinho será concluída em dezembro
A Eletrobras informou que até dezembro deste ano concluí as obras da primeira fase do projeto fotovoltaico de placas flutuantes no reservatório da hidrelétrica de Sobradinho. O projeto é uma parceria entre Chesf e Eletronorte, que conta com recursos de P&D da Aneel. Essa etapa tem investimento de quase R$ 14 milhões para a geração de 1 MWp de energia. Serão 11 mil metros quadrados de área, com 12 mil flutuadores e 3.800 placas fotovoltaicas.
O total do empreendimento compreende o desenvolvimento de duas plantas fotovoltaicas flutuantes, sendo uma no lago de Sobradinho (Chesf) e a outra no lago da hidrelétrica de Balbina (Eletronorte), com quase 50 mil placas solares e um custo de R$114 milhões (R$ 57 milhões da Chesf e R$ 57 milhões da Eletronorte), para três anos de execução.
O projeto permite aproveitar as subestações e as linhas de transmissão das hidrelétricas e as áreas sobre a lâmina d´água dos reservatórios, evitando desapropriação de terras. De acordo o coordenador, Douglas Balduino, o projeto é de grande importância para a Chesf, porque é um marco de geração solar no Nordeste e ainda permite um melhor uso das áreas do lago de Sobradinho, independentemente do período de baixa hidrologia.
As placas fotovoltaicas flutuantes serão montadas em blocos. O projeto origina-se de uma parceria formada entre a WEG Equipamentos Elétricos e a Sunlution Soluções em Geração Solar, com tecnologia licenciada pela francesa Ciel et Terre, detentora da patente e tecnologia dos flutuadores. A primeira já implantou sistemas similares em lagos no Japão, China e Coréia do Sul.
O projeto prevê a fixação de estrutura flutuante sobre a superfície do lago, capaz de suportar as forças provocadas pelo vento e pela correnteza, se adequando às mudanças de nível que ocorrem no lago e resistindo aos efeitos provocados no ambiente onde está instalado.