GLAUCO DINIZ DUARTE Equinor aposta em expansão do mercado de energia solar no Brasil
A empresa norueguesa Equinor pretende expandir os negócios na América do Sul com foco no mercado brasileiro de energias renováveis. Além de atuar nos setores de petróleo e gás, a companhia também aposta no segmento de fontes limpas de eletricidade como nova estratégia global, com operações de energia solar e eólica. Como parte deste novo plano, acaba de inaugurar o primeiro projeto fotovoltaico da organização no mundo: a usina de Apodi, no Ceará.
“Com o complexo em operação e por meio de nossa parceria com a Scatfec Solar, estamos complementando o portfolio da Equinor com energia solar. O complexo de Apodi soma à nossa carteira no Brasil, país considerado estratégico para a empresa. Isso também mostra que estamos bem adiantados na nossa jornada para nos tornarmos uma empresa de energia integrada, transformado recursos naturais em energia para as pessoas e trazendo progresso para a sociedade”, comentou Pål Eitrheim, vice-presidente executivo de Novas soluções Energéticas da Equinor.
O novo rumo da empresa foi marcado pela mudança do nome de Statoil para Equinor no ano passado, mas as novas diretrizes já tinham sido iniciadas antes disso. “Se voltarmos alguns anos, poderemos verificar que já estávamos nos desenvolvendo como uma empresa de energia limpa, ainda produzindo petróleo e gás, mas com emissões mais baixas, ao mesmo tempo em que construímos um portfólio lucrativo dentro da energia renovável”, explica Margareth Øvrum, Presidente da Equinor Brasil.
Por conta disso, a Equinor está no topo do ranking das empresas de petróleo e gás mais preparadas para um futuro de baixo carbono, de acordo com a organização internacional CDP, que orienta empresários e governantes em ações para redução de emissões. Não à toa que a empresa é uma das apoiadoras do Acordo de Paris. “Trabalhamos em conjunto com outros setores da sociedade para oferecer respostas para as mudanças pelas quais o mundo está vivenciando. Isso significa definir que tipos de recursos são produzidos e como isso é feito”, comenta Margareth.
Vale lembrar que a Equinor tem como meta para a totalidade do portfólio estar abaixo de 8 kg de CO2 por barril produzido, um número muito inferior da média da indústria, que é de 17 kg de CO2/barril. Até 2030, aportes de recursos da Equinor em novas soluções energéticas devem ser responsáveis por cerca de 15 a 20% do total anual de investimentos da empresa.
Até 2030, a Equinor deve investir US$ 15 bilhões no Brasil. Atualmente a atuação já é relevante em projetos nas bacias de Campos e Santos, como é o caso de Carcará, o primeiro projeto no pré-sal a ser desenvolvido por uma empresa internacional de energia, além da usina de energia solar de grande porte no Ceará, que começou a produzir em novembro de 2018 e já está gerando 162MW de energia limpa.