GLAUCO DINIZ DUARTE Planta de dessalinização em Dubai será movida a energia solar
A cidade de Dubai, nos Emirados Árabes, acaba de anunciar a construção de uma usina de dessalinização de água na região do Golfo Pérsico. A novidade do projeto é o uso da energia solar fotovoltaica para abastecer as operações do empreendimento.
Prevista para ser inaugurada em 2024, a planta de dessalinização usará como base a tecnologia de osmose reversa e terá capacidade para produzir 2,1 bilhões de litros de água potável por dia. A instalação solar a ser utilizada no empreendimento contará com sistemas de baterias para armazenar a energia que produz, o que possibilitará o funcionamento da usina também no período noturno.
No total, a planta fotovoltaica terá capacidade de cerca de 10 mil megawatts, fruto de mais de R$ 40 bilhões em investimentos no modelo público-privado, e vai abastecer grande parte da demanda energética do país.
A intenção da Autoridade de Água e Eletricidade de Dubai com este projeto é diversificar a matriz elétrica à partir do incremento das fontes renováveis em empreendimentos públicos de infraestrutura, sobretudo para o fornecimento de água potável para uma população que está em franco crescimento.
Em declarações à imprensa, Saeed Mohammed Al Tayer, gestor da Autoridade de Água e Eletricidade de Dubai, disse que os Emirados Árabes investem na diversificação da matriz elétrica, justamente para reduzir a necessidade de queima de combustíveis fósseis, e, desta forma, aumentar a a oferta de água potável à população.”
O projeto de dessalinização prevê ainda a construção de um novo reservatório para armazenar até 27 bilhões de litros de água, ante os 3,18 bilhões de litros armazenados atualmente.
Até então, as empresas de serviços públicos regionais tradicionalmente conectam usinas de energia movidas a gás a grandes unidades dessalinizadoras espalhadas pela costa. Com a energia solar, a proposta é criar uma operação mais sustentável e eficiente e, ao mesmo tempo, reduzir gastos com energia elétrica.