O Brasil possui um potencial de geração de energia fotovoltaica que muitos brasileiros desconhecem. Então vamos ajudar a disseminar essa ideia! A Câmara Americana de Comércio Brasil-Estados Unidos (AMCHAM) divulgou dados muito interessantes sobre este setor. Possuímos cerca de seis mil sistemas de painéis solares instalados em residências pelo País, que geram cerca de 70MW. Uma capacidade suficiente para iluminar 30 mil casas por ano, em média.
Se todos nós possuíssemos painéis solares em nossas casas, o potencial técnico de geração de energia distribuída seria superior ao que é hoje produzido pelo sistema elétrico brasileiro – 164 Gigawatts, contra 149 GW respectivamente.
Para atender a uma demanda crescente, o setor solar está em franco crescimento. De acordo com a Associação Brasileira de Energia Solar (ABSOLAR), a estimativa é que até 2020 o Brasil gere cerca de 60 mil empregos diretos com energia solar fotovoltaica e mais de 100 mil vagas indiretas.
Preço
Tudo muito bom, mas por que não se realiza? Acontece que a instalação de sistemas fotovoltaicos ainda é muito cara, cerca de quinze a vinte mil reais e não há nenhuma linha de crédito com juros baixos para incentivar a demanda. Além disso, o governo ainda não se interessou em adotar energia limpa em seus incentivos sociais, como o Minha Casa Minha Vida, retardando a transição do País para a geração de energia limpa.
Para quem tem o montante, o investimento vale a pena. Como os painéis duram cerca de vinte e cinco anos e o investimento pode se pagar em cerca de seis, dá para aproveitar muitos anos de energia barata.
Inovação
Junto com o crescimento do setor, a inovação também não para de acontecer. A startup Sunew desenvolveu placas fotovoltaicas flexíveis que podem ser instaladas em janelas e no teto de automóveis. É um material bem mais leve, mas com rendimento semelhante às placas convencionais. Além de gerar energia, se utilizadas nas janelas, elas absorvem calor, diminuindo a necessidade do uso de ar condicionado e nos tetos dos automóveis, reduzem a necessidade de utilização do alternador, utilizado para carregar a bateria do carro, podendo provocar uma economia de até 4% no uso do combustível, de acordo com a startup.