O Brasil superou em 2017 a marca de 1 gigawatt (GW) de energia solar produzido por painéis fotovoltaicos, informou a Absolar, a associação nacional das empresas do setor.
O recorde refere-se à capacidade instalada já em operação, colocando o Brasil num grupo de apenas 30 países que alcançaram esse patamar.
Isso foi possível com o início de atividades das usinas de energia solar (geração centralizada) leiloadas pelo Governo Federal entre 2014 e 2015.
PARQUES
No final de 2017, os novos parques solares instalados no Rio Grande do Norte, Pernambuco, Bahia (foto) , Piauí, Minas Gerais, Rio Grande do Norte e Pernambuco adicionaram 0,935 GW ao sistema elétrico fotovoltaico.
Já a soma das pequenas geradoras e painéis solares (geração distribuída), em telhados de residências, empresas ou prédios públicos, respondeu com mais 0,164 GW.
Os grandes projetos fizeram a produção de energia fotovoltaica saltar de 87,7 megawatt (MW) no final de 2016 para 1,099 GW no final de 2017.
Esses números deverão ser acrescidos de mais 0,547 GW em 2021, com a entrada em operação das usinas leiloadas em dezembro do ano passado.
POTENCIAL
Segundo Rodrigo Sauaia, presidente da Absolar (Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica), o Brasil ainda seguirá muito abaixo de seu potencial.
“Temos condições de ficar entre os principais países do mundo nesse mercado, assim como já somos em energia hidrelétrica, biomassa e eólica” – disse.
Em nota divulgada no dia 8/01, o presidente da Absolar defendeu “um programa nacional estruturado para acelerar o desenvolvimento da energia solar fotovoltaica”.
Para Rodrigo Sauaia, o país “está mais de 15 anos atrasado” no uso dessa tecnologia.
Mas ele reconheceu que os equipamentos de geração de energia fotovoltaica se espalham pelo país, em casas comuns, indústrias e prédios comerciais e públicos, tanto nas cidades quanto na zona rural.