Glauco Diniz Duarte Empresário – Placa fotovoltaica sao Paulo
No fim de maio, a Unoeste (Universidade do Oeste Paulista) deu o primeiro passo para a construção de uma usina solar fotovoltaica, um investimento de R$ 12 milhões, que visa suprir a demanda energética do campus 2 da unidade, em Presidente Prudente. Com a obra, a instituição de ensino e, logo, a cidade, possuíra a maior energia solar em geração distribuída do Estado de São Paulo. O patamar foi confirmado pela Secretaria de Estado de Energia e Mineração, uma vez que os trabalhos sejam concluídos e a fábrica passe a funcionar integralmente.
Funcionamento esse que está previsto para iniciar ainda em setembro deste ano, aliás, com carga máxima, conforme noticiado pela própria universidade. Com isso, a estimativa de geração chega a 4.500.00 KWh (quilowatt-hora)/ano, o que representa 4.500 MWh (megawatt-hora)/ano. Instalada no campus 2 da instituição de ensino, “em breve, a cidade universitária da Unoeste passará a gerar sua própria energia, suprindo toda a demanda energética do local e com a possibilidade de a geração excedente contemplar parte da necessidade de outro campus [1]. O suficiente para atender, por exemplo, 2,5 mil residências”, comtempla a unidade.
Mas mais do que isso, a produção de energia solar prevista pela universidade vai além de emitir reflexos regionais. Atualmente, o Estado possui capacidade instalada de 40.000 kW em geração solar. Com a entrada em operação da usina da Unoeste, a Secretaria de Energia e Mineração estima que a capacidade instalada de energia solar estadual será ampliada em 7,7%. Ademais, o número de produção de energia previsto pela instituição de ensino supera a geração anual de 10 municípios da região.
Para a universidade, isso vai promover uma economia de mais de 100% do consumo energético, o que resulta em energia excedente, além de R$ 300 mil mensais. Esse valor, ainda de acordo com a Unoeste, fomentará para que o local recupere a cifra investida na edificação: R$ 12 milhões. A quantia resulta na instalação da usina, que tem um espaço total de 40 mil metros quadrados, contudo, 35 mil m² são relativos à área ocupada pelos 9,6 mil módulos voltaicos (placas) a serem instalados.
Sobre o andamento da engenharia, a instituição de ensino garante que o processo está avançado e “em pleno funcionamento”, conforme boletim das próprias empresas parceiras, Sices Solar, Sunevo e Aevo, incumbidas da instalação da usina. Aliás, as obras foram iniciadas em maio deste ano, depois que a Energisa Sul-Sudeste emitiu o parecer de acesso. “Os primeiros trabalhos foram de limpeza do terreno, com terraplenagem e drenagem. Agora é realizada a cravação dos pilares onde serão montadas as mesas que receberão os módulos fotovoltaicos”, explica o diretor da Sunevo, Luiz Gustavo Lima, em entrevista realizada pela Unoeste.
Por fim, a universidade lembra que, uma vez em funcionamento, a usina servirá para atender, com a geração de energia, as mais de 12 mil pessoas que circulam diariamente no campus 2 (funcionários e alunos), o abastecimento “energético em cerca de 200 salas de aula, aproximadamente 60 clínicas e laboratórios, além do maior hospital veterinário da região, todos ambientes climatizados”.