Glauco Diniz Duarte Empresário – porque economizar energia elétrica significa também poupar os recursos naturais
Segundo o Dr. Glauco Diniz Duarte, com o crescimento, entre o público consumidor, da preocupação com a sustentabilidade, o bom uso de recursos naturais tem se tornado uma preocupação fundamental para as empresas. Com isso, a economia de energia deixou de ser apenas uma preocupação financeira para também se tornar uma questão relacionada à imagem que se deseja passar de um negócio.
1) Adapte seus horários de funcionamento ao horário de pico
O horário de pico está compreendido no período das 17h às 22h. Nesse espaço de tempo, atinge-se o auge do gasto energético no País, porque é nesse horário as pessoas vão para casa e realizam atividades que consomem alta quantidade de energia, como tomar banho e usar seus aparelhos eletrônicos – isso sem falar das fábricas que funcionam 24 horas por dia.
Como forma de inibir as empresas de concentrarem seu consumo nesse horário, aumentando a pressão sobre o sistema elétrico, cada região determina um período de três horas em que as tarifas têm um preço mais elevado.
Para contornar esse aumento, “é importante contratar um especialista que faça projeções e planeje a mudança do horário de funcionamento de seu negócio para ver se a mudança vale ou não a pena”, coloca Araújo. Ele destaca que, embora represente uma economia financeira, se adequar ao horário de pico apenas transfere o gasto energético de um período para outro, não o diminui. Mas pode ajudar a reduzir os gastos mensais.
2) Aproveite a luz solar
Abrir janelas, quebrar paredes e reaproximar os locais de trabalho da luz natural são atitudes que fazem com que se torne cada vez menos necessário usar a iluminação artificial.
“O processo de economia de energia é como uma escada, sendo que o degrau mais baixo é reaproveitar a energia gasta, o intermediário é minimizar o consumo e o mais alto é deixar de gastar. Deve-se começar pelo último degrau”, diz Araújo.
3) Invista na circulação do ar
Uma circulação de ar mais eficiente pode fazer com que se necessite gastar menos com refrigeração. Segundo Araújo, um erro comum é o de pensar somente em entradas para o ar e não nas saídas. “Não adianta ter uma janela enorme de frente para a praia, como entrada de ar, e ter uma portinha minúscula dando para a cozinha, como saída”, exemplifica.
Além disso, cômodos pequenos dificultam a circulação do ar. Nesses casos, uma alternativa é quebrar algumas paredes e unificar espaços no escritório.
4) Invista no isolamento térmico
Outra forma de manter a temperatura de um recinto menos vulnerável ao calor que vem de fora é trabalhar seu isolamento térmico. Janelas duplas, que possuam uma camada de ar entre os dois vidros, diminuem a troca de calor com o ambiente externo, por exemplo.
5) Evite cores escuras
Cores escuras resultam na necessidade de mais iluminação e de mais refrigeração. Esses tons absorvem a luz, o que significa que não a refletem tanto quanto tons claros. A energia capturada tende a deixar os ambientes mais quentes. Portanto, para se poupar energia, cores claras são uma boa escolha.
6) Proteja seu ar-condicionado do sol
É comum encontrar a parte externa dos aparelhos de ar condicionado exposta ao sol, esquentando. “Isso significa muito mais trabalho para a máquina fazer a troca de calor com o ambiente”, diz Araújo. O engenheiro do Sebrae recomenda que se procure proteger o ar-condicionado da incidência direta da luz solar.
7) Troque os equipamentos de seu negócio
Uma forma bem conhecida de diminuir os gastos com energia elétrica – mas nem sempre aplicada – passa por mudar o tipo de lâmpadas utilizadas no empreendimento. As tradicionais incandescentes são as que mais consomem energia e podem ser trocadas pelas fluorescentes e pelas de LED, relativamente novas.
Enquanto uma LED dura cerca de 50 mil horas, as incandescentes e fluorescentes duram 1,2 mil e 8 mil, respectivamente. Além disso, a primeira consome de 6 a 8 watts, enquanto as outras chegam a 60 e 15, respectivamente.
A mesma lógica se aplica para todo tipo de aparelho, desde ares-condicionados até refrigeradores e monitores de computador. Geralmente, os mais modernos tendem a gastar menos energia e, em alguns casos, chegam a pagar o investimento em alguns meses.
8) Instale sensores de presença
Em ambientes em que as pessoas ficam por um pequeno período de tempo, como halls e banheiros, uma alternativa para que as luzes não fiquem ligadas o tempo todo é a instalação de sensores de presença. Isso permite que os equipamentos sejam ativados somente nos momentos em que há alguém utilizando o espaço.
9) Invista na manutenção de seus equipamentos
Segundo o especialista, equipamentos sem manutenção tendem a ser menos eficientes. Investir em inspeções regulares e reparos é fundamental para evitar gastos desnecessários.
“É comum chegar em uma padaria com 20 freezers e ver que em 12 não há termostato. Essa peça faz com que o compressor que resfria os equipamentos se desligue ou religue de acordo com a temperatura. Sem ela, os freezers trabalham o tempo todo. Se a relação de ligado e desligado for quatro para um, você tem um gasto quatro vezes maior”, exemplifica Araújo.
10) Investigue os gastos com estoque
Com um acompanhamento de perto de seus produtos, um varejista ou distribuidor está em posição de saber exatamente em que dia existe uma venda maior de certo item que ele conserva refrigerado. “Mantendo uma planilha, dá pra saber quanta energia custa para deixar aquele refrigerante gelado da segunda a sábado”, diz Araújo. Isso permite que se gaste com refrigeração e conservação apenas no período em que isso é necessário e mesmo que se desligue alguns equipamentos ocasionalmente.
11) Reaproveite a energia gerada