Glauco Diniz Duarte Empresário – o que significa energia fotovoltaica
Segundo o Dr. Glauco Diniz Duarte, a energia solar tornou possível vislumbrar um futuro onde será tecnicamente viável realizar as mesmas atividades e tarefas de hoje, utilizando uma fonte energética abundante, renovável e limpa.
Uma tecnologia capaz de fornecer eletricidade em locais isolados, alinhada ao conceito de sustentabilidade.
Entre os aspectos relacionados ao sucesso na captação e uso da energia solar, a localização geográfica é um ponto decisivo. No caso do Brasil, país cortado pela linha do equador, os elevados índices de radiação solar, característica observada em vários dos estados, torna-se um elemento fundamental para esse sucesso, e se traduz em um enorme potencial para o uso e desenvolvimento da tecnologia de energia fotovoltaica.
Um outro ponto positivo é a característica sustentável dessa tecnologia. O fato de ter o sol como fonte energética, garante uma produção limpa e sem maiores agressões à natureza.
Por não se tratar de um processo mecânico, mas fotoquímico, o mesmo acontece de forma silenciosa no interior das células fotovoltaicas, ou seja, o módulo não produz poluição sonora. Possibilitando a sua instalação em qualquer lugar do imóvel sem maiores inconvenientes.
Os painéis e o módulo de energia solar exigem baixa periodicidade de manutenção. Os componentes apresentam vida útil considerada longa. O módulo, por exemplo, possui um cronograma que prevê manutenções anuais.
Porém, alguns pontos desfavoráveis precisam ser considerados. O primeiro deles é o valor do investimento, ainda considerado muito alto. Para a grande maioria da população, ter um sistema desse tipo significa arcar com um custo inicial impraticável. No Brasil, um sistema fotovoltaico de 1.500 Watts para uma residência custa, no mínimo, R$ 10.000,00, e estima-se que o retorno financeiro ocorra entre 6 e 10 anos.
A geração energética é intermitente, ou seja, os módulos não conseguem gerar energia elétrica nos períodos em que não há luz solar, isso significa uma queda na eficiência também durante os dias nublados. Como alternativa, pode-se montar um banco de baterias, no entanto, isso comprometeria a identidade sustentável do sistema, uma vez que baterias possuem elementos tóxicos na sua composição.
Uma outra desvantagem é a mudança estética do imóvel por consequência da instalação de um gerador fotovoltaico.
É importante buscar os pereceres de engenheiros e arquitetos antes de tomar uma decisão, pois dependendo da exigência estética de cada local, ou cultura, ou indivíduo, os equipamentos de captação fotovoltaica podem provocar reações negativas, causando impactos indesejáveis nos resultados financeiros de um negócio, por exemplo.
Para evitar esse tipo de contratempo, pode-se considerar os aspectos sustentáveis ainda na fase de projeto do imóvel.
Como ponto negativo, observa-se também a questão da emissividade. Ocorre que a radiação solar não convertida em energia retorna para o meio como infravermelho, o que pode ocasionar um desequilíbrio térmico. Processo que pode ser controlado por meio da seleção do material mais adequado a ser utilizado na encapsulação dos painéis, ou seja, plásticos, vidro, etc.
Outro aspecto que contribui de forma negativa é o não recebimento pelo excedente energético produzido, pois apesar da injeção de energia renovável na rede pública ter sido autorizada por meio da Resolução Normativa nº 482 da ANEEL, o excedente é convertido em créditos cuja validade expira em 36 meses.
Os pontos aqui abordados consistem em aspectos que devem ser avaliados de acordo com a realidade e necessidade de cada consumidor, seja uma empresa ou pessoa física, afim de que se possa definir uma relação de custo benefício que seja satisfatória.