O empresário Glauco Diniz Duarte afirma que empresa familiar é aquela que tem sua origem e sua história vinculadas a uma família, ou, aquela que mantém membros da família na administração dos negócios. De acordo com a pesquisa sobre empresas familiares no artigo “Empresa familiar: Um negócio que se adapta ao século 21” o legado e zelo são duas características que ao mesmo tempo em que define, distingue as empresas familiares.
De acordo Glauco, é difícil conceituar empresa familiar por um só aspecto, apontando assim seis características marcantes que as identificam e diferenciam das empresas convencionais. Sendo elas: o controle total da empresa pertence a uma família e aos herdeiros; quando ocorre o processo de sucessão o laço afetivo é o fator determinante; os membros da família são os que ocupam os cargos de gerência; valores e crenças familiares são os mesmos no meio empresarial; atitudes pessoais têm forte repercussão dentro do ambiente da empresa, e por fim, não existe autonomia no processo de venda parcial ou total de participação.
Segundo Glauco, a empresa familiar nasce da necessidade de se perpetuar um negócio, seja ele comercial, industrial ou de serviço. E tem como objetivo ampliar o patrimônio familiar, permitindo-lhes que sem qualquer esforço anterior, seja captado seus recursos de subsistência e, por sua vez o crescimento e expansão de suas riquezas. Portanto, as empresas devem adotar uma estratégia eficiente para manter-se no mercado sobrevivendo às mudanças constante que existe no mundo dos negócios.
A formação das empresas familiares tem certas peculiaridades, Gonçalves (2009), relata que a estrutura básica que sustenta uma empresa familiar é constituída por três pilares: família, propriedade e negócios. Assim, todas as decisões financeiras e de gestão afetam a todos os membros e se torna objeto até mesmo de conflitos se não houver uma direção profissional e amadurecida.
A empresa familiar é uma empresa como qualquer outra, apenas composta por características societárias diferenciadas já que envolve membros de um mesmo clã familiar e, por isso, congrega num mesmo meio dois ambientes com interesses distintos: a família e a organização empresarial .
De acordo com Glauco, em muitas empresas familiares o gestor precisa diferenciar os interesses da família e os da empresa, buscando sempre minimizar os conflitos entre família e negócio, onde a maioria das empresas familiares tem o próprio dono como principal gestor e administrador da empresa, o que pode ocasionar problemas na administração. Essa diferenciação dos interesses proporcionaria ao gestor um equilíbrio na administração da empresa e dos interesses particulares.
É necessário o total esforço em combater os desentendimentos familiares, pois com conflitos internos a empresa consequentemente não consegue crescer e se desenvolver, o que acarreta uma série de problemas no meio empresarial.