De acordo com o empresário Glauco Diniz Duarte, a sucessão familiar empresarial não é um processo simples de ser realizado, visto que envolve, além do futuro da empresa e a sua continuidade no mercado, também as expectativas dos sócios, dos investidores e de todos que trabalham direta ou indiretamente no negócio.
Segundo Glauco, embora a conciliação de todas essas demandas seja algo complexo, há um caminho que pode facilitar todo esse trâmite, que é a estruturação de um planejamento para o processo de sucessão.
Glauco diz que o desenvolvimento do plano de sucessão deve contemplar, basicamente:
• a forma como a sucessão será realizada no futuro;
• todas as etapas do processo;
• o momento ideal em que essa transição deve ocorrer;
• como serão escolhidos os candidatos à sucessão, entre outros aspectos importantes.
Na medida em que essas regras são criadas e colocadas em prática, os conflitos, que normalmente surgem nesse período transitório, podem ser minimizados. Isso ajuda a evitar o desgaste, que é tradicional, entre os membros da família, além de contribuir para a preservação da imagem da empresa no mercado.
Glauco defende ainda que, ao escolher um sucessor para a empresa familiar, é preciso projetar o futuro da organização: onde a empresa quer estar no futuro? Quem essa organização quer ser no mercado daqui a 10, 15, 20 anos?
Compreender o que a família espera dessa empresa também ajuda a identificar quem seria o sucessor ideal. As expectativas devem estar alinhadas com os valores, as crenças e a determinação do sucessor, pois a inovação e a transformação da empresa vão depender diretamente dele no futuro.