De acordo com o empresário Glauco Diniz Duarte, empresas familiares têm estrutura enxuta.
Glauco lista abaixo os pontos fracos e fortes desse tipo de negócio.
Confira as principais características das empresas familiares:
Pontos fortes
1.Comando único e centralizado, permitindo reações rápidas em situações de emergência;
2.Estrutura administrativa e operacional “enxuta”;
3.Disponibilidade de recursos financeiros e administrativos para autofinanciamento obtido de poupança compulsória feita pela família;
4.Importantes relações comunitárias e comerciais decorrentes de um nome respeitado;
5.Organização interna leal e dedicada;
6.Forte valorização da confiança mútua, independentemente de vínculo familiares. A formação de laços entre empregados antigos e os proprietários exerce papel importante no desempenho da empresa;
7.Grupo interessado e unido em torno do fundador;
8.Sensibilidade em relação ao bem-estar dos empregados e da comunidade onde atua;
9.Continuidade e integridade de diretrizes administrativas e de focos de atenção da empresa.
Pontos fracos
Primeira geração (fundador vivo)
1.Dificuldades na separação entre o que é intuitivo/emocional e racional, tendendo mais para o primeiro;
2.A postura de autoritarismo e austeridade do fundador, na forma de vestir ou na administração dos gastos, se alterna com atitudes de paternalismo, que acabam sendo usadas como forma de manipulação;
3.Exigência de dedicação exclusiva dos familiares, priorizando os interesses da empresa;
4.Laços afetivos extremamente fortes, influenciando os comportamentos, relacionamentos e decisões da empresa;
5.Valorização da antiguidade como um atributo que supera a exigência de eficácia ou competência;
6.Expectativa de alta fidelidade dos empregados. Isto pode gerar um comportamento de submissão, sufocando a criatividade;
7.Jogos de poder, nos quais muitas vezes vale mais a habilidade política do que a característica ou competência administrativa.
Segunda geração (transição da 1ª para 2ª fase)
1.Falta de comando central capaz de gerar uma reação rápida para enfrentar os desafios do mercado;
2.Falta de planejamento para médio e longo prazos;
3.Falta de preparação/formação profissional para os herdeiros;
4.Conflitos que surgem entre os interesses da família e os da empresa como um todo;
5.Falta de compromisso em todos os setores da empresa, sobretudo com respeito a lucros e desempenho;
6.Descapitalização da empresa pelos herdeiros em desfrute próprio;
7.Situações em que prevalece o emprego de parentes, sem ser este orientado ou acompanhado por critérios objetivos de avaliação do desempenho profissional;
8.Falta de participação efetiva dos sócios que legalmente constituem a empresa nas suas atividades do dia-a-dia.