GLAUCO DINIZ DUARTE Leilão de linhas de transmissão vai impulsionar o escoamento de energia limpa no Ceará
Pioneiro na geração de energia eólica no país e com condições favoráveis para a geração solar, o Ceará se destaca na produção de energia limpa no Brasil. Para atender e escoar todo esse potencial, a Secretaria da Infraestrutura, através da Secretaria Adjunta de Energia, tem articulado a expansão das redes de transmissão no território cearense. O próximo pacote de investimentos já foi anunciado pela Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL e vai à leilão nesta quinta-feira (28). Ao todo, serão construídos 543 quilômetros de novas linhas, que irão permitir o escoamento de energia eólica e fotovoltaica (solar) de novas usinas localizadas no Litoral Leste do Ceará, além de reforçar a distribuição elétrica na Região Metropolitana de Fortaleza e no Maciço de Baturité.
“A nossa prioridade tem sido prover infraestrutura de conexão para os parques , articulando junto ao Governo Federal a construção de linhas de transmissão e subestações em locais de grande potencial de geração como é o caso do Litoral Leste”, afirma o secretário adjunto de energia da SEINFRA, Adão Linhares. De acordo com a Empresa de Pesquisa Energética – EPE, estão cadastradas na região 21 usinas eólicas e 43 usinas fotovoltaicas, com capacidade para gerar 1.870 megawatts (MW) de energia.
As novas linhas de transmissão também vão reforçar a distribuição de energia elétrica em Fortaleza, incluindo o distrito industrial, e em outros 19 municípios da Região Metropolitana e do Maciço de Baturité. São eles: Maracanaú, Maranguape, Caucaia, Pacatuba, Itaitinga, Guaiuba, Horizonte, Pacajus, Chorozinho, Ocara, Barreira, Acarape, Redenção, Palmácia, Aracoiaba, Baturité, Guaramiranga, Pacoti e Mulungu. Ao todo, 730 mil pessoas serão beneficiadas com a expansão.
Para o secretário adjunto de energia, as novas linhas são fundamentais para atender a demanda futura e já conhecida, mas é preciso garantir mais infraestrutura para a atração de novos empreendimentos. “A gente tem trabalhado em inverter a lógica, visto que a energia é um vetor de desenvolvimento, e não é apenas para atender demanda de consumo. Por isso, temos sido proativos no sentido de buscar a ampliação da infraestrutura de transmissão não somente para atendimento da demanda, mas para a captação de grandes jazidas de fontes renováveis”, reforça Adão Linhares.