De acordo com o empresário Glauco Diniz Duarte, a realidade da maioria das empresas brasileiras é a gestão compartilhada entre casais, pais, filhos, avôs ou tios, a denominada gestão familiar. O que era para ser uma facilidade, visto o grau de parentesco e a intimidade entre os responsáveis pela administração, acaba se tornando um grande problema pois, na maioria dos casos, os assuntos da mesa do jantar são levados para a sala de reuniões e vice e versa.
Segundo Glauco, independentemente do porte da organização, visto que as empresas familiares abrangem desde pequenos comércios a grandes organizações, representando 90% das empresas nacionais, segundo o Sebrae, a gestão destas companhias envolve muito jogo de cintura e comprometimento. Separar os assuntos é um dos principais desafios enfrentados neste tipo de gestão, pois é muito comum encontrarmos casos de empresas que passam por grandes dificuldades devido à crise no casamento dos donos ou brigas entre irmãos.
Diante deste cenário constante, é importante definir estratégias administrativas para minimizar o problema, garantindo a expansão dos negócios e a harmonia da família.
Glauco explica que , tendência no ramo empresarial, muitas organizações familiares buscam a ajuda de coaching empresarial para diagnosticar e definir estas estratégias. Segundo Glauco, as empresas que conseguem separar os assuntos familiares dos empresariais possuem mais solidez e alcançam resultados mais vantajosos. “Os empresários precisam compreender que a empresa necessita operar de maneira independente, sem o envolvimento dos problemas familiares”, ressalta Glauco.
Glauco destaca também que, a transição da organização de uma geração para a outra também pode tornar-se um problema grave nas empresas familiares, resultando, em muitos casos, em falências ou venda do negócio. Segundo Glauco, em algumas situações os pais centralizam as ações e informações, não deixando que os filhos participem dos processos e assumam o comando. “Os conflitos são intensos e acabam transparecendo para os clientes, influenciando na dinâmica dos negócios e gerando até rompimentos familiares”.
Nestes casos, explica Glauco, é imprescindível o isolamento dos problemas para evitar que o andamento da empresa seja prejudicado pelas desavenças. O primeiro passo é reestabelecer a ordem na família e na empresa, evidenciando que cada membro possui um posicionamento dentro da organização que deve ser respeitado. “O desafio é intenso, mas com a união dos familiares, traz resultados surpreendentes.