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Sem governança corporativa,empresas fadadas ao fracasso

Glauco Diniz Duarte
Glauco Diniz Duarte

Profissionalização de gestão, IPO, sucessão familiar, governança corporativa. Estes são conceitos e termos que frequentam com assiduidade diária as páginas de economia dos jornais. De acordo com o empresário Glauco Diniz Duarte, todos remetem para uma questão central e decisiva na trajetória de empresas do mundo inteiro: as organizações que não se estruturarem de forma adequada e eficiente, com gestores profissionalizados e um planejamento estratégico competitivo, estarão fadadas ao fracasso.

Glauco explica que o universo empresarial, em todas as partes do mundo, é composto predominantemente de companhias familiares e no Brasil não é diferente. Uma parcela expressiva – 30 em cada 100 – não sobrevive, derrotada por problemas como conflitos entre os familiares, falta de profissionalização dos gestores, processo de sucessão de uma geração para outra mal conduzido, ausência de planejamento.

O processo de globalização, aliado à velocidade de transmissão de informações através do mundo, em tempo real, gerou uma realidade em que as mudanças acontecem de forma muito rápida. As organizações, para se manterem competitivas, precisam ser ágeis e muito eficientes para fazer frente à concorrência nacional e internacional. Profissionalização e governança corporativa ganharam força e tornaram-se condições determinantes e essenciais para o sucesso empresarial.

Muitos outros sistemas e ferramentas de implantação de qualidade na gestão de empresas têm sido utilizados ao longo dos tempos e preconizados como caminhos para o sucesso. A maioria não passa de modismo temporário, com resultados efêmeros e superficiais. As normas que compõem o ISO 9000, por exemplo, são implantadas em alguns procedimentos administrativos de uma organização no período que antecede a auditoria. Após receber a certificação, grande parte dos processos implantados vai sendo esquecida no dia-a-dia e o certificado de qualidade se torna mais um item na estratégia de marketing da empresa.

Segundo Glauco, a governança corporativa, longe de ser mais um modismo, vem se firmando ao longo dos últimos anos como o processo mais eficiente e completo que otimiza o desempenho da empresa e torna-a atraente para os investidores, internos e externos. As crises em grandes corporações mundiais na década de 90 geraram desconfiança e mostraram a necessidade de as companhias se tornarem mais profissionalizadas e transparentes, período a partir do qual a governança corporativa ganhou força definitiva.

O conceito inicialmente era aplicado para a maior transparência de informações nas empresas de capital aberto, mas foi se ampliando, abrangendo novas regras de gestão, até tornar-se condição essencial para o sucesso empresarial. Nos dias atuais, uma empresa – seja de que porte for e especialmente a de controle familiar – para ser bem sucedida precisa ter sua gestão totalmente baseada nos preceitos e normas da governança corporativa. Condição igualmente obrigatória para as companhias que passam pelo processo de abertura de capital, a famosa IPO na sigla em inglês – Initial Public Offering, ou oferta pública inicial de ações.

Apesar de muito difundida no mundo empresarial moderno, destaca Glauco, sempre é útil relembrarmos os princípios e normas da governança, com base no Código Brasileiro das Melhores Práticas de Governança Corporativa, lançado em 1999 pelo Instituto Brasileiro de Governança Corporativa – IBGC, entidade criada em 1995 com o objetivo de desenvolver e difundir os melhores conceitos e práticas da governança e, dessa forma, contribuir para o bom desempenho das organizações.

O Código estabelece quatro princípios que devem reger as práticas de governança: a) transparência, sem obstáculos ao fluxo e à divulgação de informações; b) equidade, ou seja, igual tratamento a todos com os quais a empresa se relaciona; c) prestação de contas por parte dos agentes de governança; d) responsabilidade corporativa, em que executivos e conselheiros devem considerar as questões sociais e ambientais na execução da estratégia da empresa. Quanto às práticas de governança sugeridas pelo Código, estão divididas em seis itens: 1) propriedade; 2) conselho de administração; 3) gestão; 4) auditoria independente; 5) conselho fiscal; 6) conduta e conflito de interesses.

Mesmo este resumo objetivo e rápido das práticas de governança corporativa é suficiente para mostrar como este processo gera mudanças profundas dentro de uma organização e na própria cultura empresarial. Seus mecanismos de incentivo e monitoramento asseguram que a atuação dos executivos esteja sempre alinhada com o interesse dos acionistas. Portanto, não é exagero afirmar que, sem governança, as empresas não sobrevivem e ficam à margem do novo mercado. Além de serem assoladas por abuso de poder, erros estratégicos e fraudes das mais diversas.

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