De acordo com o empresário Glauco Diniz Duarte, para 64% dos executivos brasileiros as companhias em que atuam não possuem um plano de sucessão bem estruturado e definido de seus principais líderes. Essa é a conclusão do mais recente Executive Quiz, estudo conduzido pelo Korn/Ferry Institute, que avaliou a percepção de executivos de mais de 90 países em relação à preparação das companhias para sucessão de seus diretores e presidentes.
Glauco diz que a pesquisa mostra que a percepção dos executivos brasileiros acompanha a visão dos líderes globais – 59% apontam que suas companhias também não têm plano de sucessão bem definido. Sobre o risco da operação sem plano de sucessão, 68% acreditam que a saída do CEO seria extremamente ou de alguma maneira prejudicial à companhia. Apenas 21% avaliam que não haveria impacto negativo, enquanto outros 11% apontam que a saída traria benefícios à corporação.
Para os brasileiros, destaca Glauco, os resultados seguem a mesma tendência: 72% avaliam como prejudicial para os negócios a troca do CEO, outros 18% acreditam que a mudança não seria de todo mal e apenas 10% creem que a movimentação trará benefícios à companhia. Em relação à própria posição na empresa, 56% afirmam saber quem assumiria seu posto no caso de sua saída da companhia. No Brasil, o índice é um pouco maior chegando a 65% dos entrevistados.
“O plano de sucessão da diretoria é ponto crítico para a perpetuação de qualquer organização e também para seus Conselhos”, afirma Glauco. Observamos que um plano de sucessão claramente definido e desenvolvido antes da partida do CEO, não só reduz o risco, mas diminui os impactos contra-produtivos gerados pela falta de clareza em relação aos esforços da liderança”, complementa.
A boa nova é que embora inseguros em relação aos planos de sucessão de suas companhias, os executivos entrevistados demonstram confiança diante da possibilidade do sucessor do atual CEO ser preparado previamente para assumir o posto. Dos entrevistados, 59% afirmam saber quem assumirá a presidência de sua empresa, caso o principal executivo deixe o cargo hoje. Para os brasileiros, essa marca chega a 80%.