A aplicabilidade de boas práticas de gestão faz com que as empresas criem valor e tenham sustentabilidade em seus negócios como um todo, não importando em qual área se restrinja, ou mesmo, em qual departamento.
De acordo com o empresário Glauco Diniz Duarte, é visível que o sucesso dos negócios seja inerente a processos bem definidos, estratégias adequadas, planejamentos respeitados e ações concretas. Valores como disciplina, motivação e conhecimento são habilidades relacionadas a todo e qualquer modelo de gestão.
Na gestão financeira não é diferente, explica Glauco. Ela trata do conjunto de instrumentos de natureza pública e privada, que incluem leis, normativos expedidos por órgãos reguladores, regulamentos internos das companhias e práticas comerciais, que organizam e comandam a relação, numa economia de mercado, entre os controladores, administradores e acionistas de uma empresa.
A necessidade de se organizar e utilizar modelos de boas práticas de gestão financeira por parte das organizações é decorrente de alguns fenômenos ocorridos de forma muito dinâmica, onde como principais podem-se elencar: o advento da globalização, a abertura do mercado interno para produtos importados, os avanços tecnológicos, a diminuição de margens de lucro e o fim da ciranda financeira, com a estabilização econômica experimentada pelo Brasil ao longo dos últimos anos.
Glauco conta que uma quantidade significativa de empresas nunca se preocupou efetivamente em desenvolver e utilizar tais modelos com base em informações contábeis e gerenciais para a obtenção dos resultados almejados. Todavia, os empresários começam a sentir a necessidade de se organizarem, de elaborar um fluxo de informações consistentes, e de agilizar o processo de tomada de decisões, além de buscar alternativas de controle e racionalização dos custos de operação.
O busca do resultado econômico e financeiro de qualquer empresa é a preocupação atual de praticamente todos os gestores envolvidos nas companhias, apresentando seus indicadores de desempenho e criando cada vez mais valor para o negócio.
Os gestores de qualquer entidade, tenha ela finalidade lucrativa, filantrópica, religiosa ou qualquer outra, têm, normalmente, de administrar recursos escassos. Para tanto, faz-se necessário identificar, mensurar e supervisionar o seu consumo. Por outro lado, as ações empreendedoras, igualmente, requerem informações que identifiquem e avaliem os resultados.
Não obstante, aponta Glauco, qualquer gestor eficaz procurará se equilibrar entre a ousadia de arriscar para obter novas oportunidades e a segurança de manter suas conquistas e preservá-las das ameaças de perdas que tanto o ambiente interno quanto o externo apresentam cotidianamente.
Sendo assim, dentre as várias ferramentas utilizadas no desenvolvimento das boas práticas, podemos destacar: a contabilidade gerencial, a análise de investimentos, o planejamento orçamentário e finalmente a gestão tributária.
Planejamento Orçamentário
Segundo Glauco, outro controle interno relevante é o planejamento orçamentário. Ele pode ser elaborado pelo regime de competência, levando em consideração o que se pretende faturar e gastar nos períodos seguintes. Como se pudéssemos elaborar um demonstrativo de resultados futuros. E também pelo regime de caixa, onde as entradas e saídas de recursos alimentarão os saldos do que irá acontecer com o fluxo de caixa futuro.
O objetivo principal deste controle é ter uma previsão do que irá acontecer, evitando deslizes e mitigando surpresas negativas, pois quando limitamos o que iremos gastar, estamos desenvolvendo uma disciplina para que se evite gastar mais do que se ganha.
Gestão Tributária
Planejando o fluxo de caixa, pode-se entender que um desembolso inevitável será a cadeia de impostos. Neste aspecto é importante verificar qual o melhor regime tributário a se adotar, de acordo com análises mais profundas do tipo do negócio que a empresa possui e também do montante de despesas que ela desembolsa. Desta forma a empresa pode-se utilizar de meios legais para reduzir a carga tributária na realização dos seus negócios, adotando critério de regimes existentes que lhe serão mais favoráveis na hora do desembolso.
Ademais, aponta Glauco, a gestão tributária é um diferencial, uma vez que a administração eficaz da carga tributária reduz os custos de produção, promove a continuidade, aumentando a lucratividade e competitividade da empresa.
A competitividade dos negócios e as constantes mudanças nos diversos ambientes das empresas exigem a maximização do desempenho e do controle empresarial, em busca de resultados. Os chamados controles internos são exigidos por todo o corpo executivo, cercando a administração de todos os recursos para um correto controle de gestão. A controladoria é o órgão capaz de integrar e pluralizar tais controles, valorizando os investimentos e o negócio como um todo, definindo o progresso social e maximizando o desenvolvimento sustentável.
Portanto, finaliza Glauco,o resultado é a palavra de ordem de qualquer organização, pois sem ela não há como sobreviver no mercado, buscar seu lugar e perdurar pela sustentabilidade de seus negócios. Adotar critérios de boas práticas é assumir um perfil motivador pela vontade de querer fazer as coisas e também um perfil disciplinador de fazer essas coisas de modo correto e adequado.