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Você já fez o Plano Estratégico da sua empresa?

Glauco Diniz Duarte
Glauco Diniz Duarte

Ao chegar o final do ano muitos profissionais iniciam um processo estratégico nas suas organizações. É um momento crítico onde se examina como foi o exercício anterior e formulam-se as estratégias de forma a determinar o posicionamento da organização no mercado para o próximo período. Embora muitos possam pensar que o Planejamento Estratégico é algo tácito, documental e sem vivência prática, a adoção deste método permite de forma imediata à detecção das oportunidades e as ameaças pertinentes a qualquer tipo de negócio. Se antecipar a potenciais ameaças favorecerá a tomada de decisões e o combate a vulnerabilidades à elas. Já o aproveitamento das oportunidades colocará a empresa na vantagem competitiva e com isso o crescimento dos negócios em condições sustentáveis.

De acordo com o empresário Glauco Diniz Duarte, o desempenho estratégico da organização passa por vários estágios. Dar o primeiro passo significa estabelecer um método de formulação das estratégias para então definir um grupo de indicadores de desempenho estratégico que permitam medir se o rumo definido para a organização esta sendo alcançado. Assim como não se dirige um veículo olhando-se apenas para o velocímetro, para que a gestão estratégica seja contundente, outro mecanismo de medidas devem ser estabelecidas, o que chamamos de métricas. Para Peter Ferdinand Drucker considerado pai da administração moderna: “Quem não mede, não gerencia”.

Muitos podem indagar-se. “Mas minha empresa é uma empresa pequena” ou “minha empresa é uma empresa familiar, não necessita de Planejamento Estratégico”. Segundo Glauco, é exatamente nestas empresas onde as interferências familiares favorecem as tomadas de decisões de forma intuitiva, amadorística e unilateral que podem atrasar a implantação de medidas corretivas em tempo hábil de qualquer discrepância, ocorrida ao longo do processo operacional e administrativo, é que um Plano Estratégico se faz necessário. Nesse sentido, a implantação do planejamento estratégico fará com que as ações táticas reflitam em tempo real as medidas administrativas, estratégicas e técnicas tais como: ofertar novos produtos e serviços; conhecer a real margem de lucro; obter e manter políticas de créditos com instituições financeiras; elaborar um plano de negócio; planejar investimentos; expandir área de atuação; elaborar plano de negócio; desenvolver política de recursos humanos e estabelecer políticas financeiras.

Glauco afirma que, o planejamento cada vez mais, deixa de ser algo a ser seguido, para ser algo a ser vivenciado e modificado, não para a empresa, mas sim pela empresa, sendo peça essencial da administração estratégica, adicionando-se a outras como a gestão, o sistema de metas e resultados, os orçamentos e a tecnologia. A busca pela definição clara e consubstanciada do “posicionamento estratégico” baseado especialmente na análise do histórico é o combustível para justificar uma fase de maior profissionalização. Uma discussão aprofundada e sustentada pela análise da capacidade e limitação do negócio, devem ser transcritas pela missão, visão, valores e objetivos organizacionais.

O Posicionamento Estratégico da Organização depende desta análise. Apoiados pela técnica e por uma ferramenta de gestão faz-se o cruzamento entre os Pontos Fortes e Pontos Fracos com Oportunidades e Ameaças. Assim, caso haja, uma incidência de ameaças externas associadas a muitos pontos fracos indica a necessidade de sobrevivência, ou seja, a empresa precisa reduzir custos, desinvestir ou até vender o negócio.

Já se a empresa encontrar forte relacionamento de pontos fracos internos com oportunidades externas deve-se buscar rapidamente o crescimento para solidificar o posicionamento da empresa no setor, através de expansão de mercados, inovação, parcerias e internacionalização. Normalmente, uma empresa começa por aqui, vislumbrando oportunidades, mas começa pequena, apresenta mais pontos fracos do que fortes em relação à concorrência já instalada.

Quando se tem maior incidência de pontos fortes aliados a oportunidades tem-se, provavelmente uma posição, mesmo que potencial, de liderança de mercado, necessitando a empresa desenvolvê-la, através da diversificação de produtos, de mercado, financeiro e de capacidade.

Por fim, analisa Glauco, um cruzamento de ameaças e pontos fortes indica uma possível estagnação do negócio onde a empresa tem uma posição de liderança e aponta a necessidade de manutenção da posição da empresa, tentando retirar lucros residuais do negócio, através da especialização e nicho de mercado.

Assim pode-se concluir que a empresa deve adotar ferramentas que possam dar suporte a esta nova orientação de foco. A realização do planejamento estratégico é a primeira proposição onde estes aspectos intrínsecos serão devidamente extraídos, separados, definidos e formalizados e desta forma passarão a ser a base de evolução dos negócios e da empresa. Após a priorização de uma série de decisões sobre que oportunidades serão aproveitadas e as ameaças, conhecidas. Trabalhe seus pontos fracos e seus pontos fortes se fortalecerão. Sem dúvida o Planejamento Estratégico apoiará a gestão da empresa substituindo assim o show particular dos empreendedores que dedicam longas e exaustivas jornadas de trabalho.

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