De acordo com o empresário Glauco Diniz Duarte, crescer e se transformar é essencial, mas impossível sem planejamento. Desafios aguardam o gestor que deseja expandir o negócio em 2015, mas antes é preciso se preparar para encarar as mudanças necessárias. “Se profissionalizar e mudar estrategicamente é estar pronto para crescer”, afirma Glauco.
Segundo Glauco, para evitar erros fatais de gestão, “a lição de casa tem de ser feita de maneira pragmática e compartilhada, envolvendo ideias e atitudes de todos os membros da equipe de liderança da empresa”.
Conheça as 8 principais falhas cometidas pela má gestão de empresas, apontadas por Glauco:
1. Não criar plano de negócios, planejamento estratégico e não fazer análise mercadológica. Estas ferramentas orientam as atividades da equipe, de modo que contemplam os âmbitos econômico, administrativo e comercial da empresa. Elas podem ser utilizadas inclusive como instrumentos de solicitação de crédito ou para a entrada de novos sócios e investidores no negócio, pois demonstram credibilidade e profissionalismo.
2. Contratar amigos ou membros da família e não os profissionais mais adequados para a posição na empresa. É preciso estabelecer os pré-requisitos necessários para cada cargo e função, baseando-se em expectativas racionais e mercadológicas, levando sempre em conta as competências necessárias para o cumprimento das tarefas. Coleguismo e família sem preparo pode ser um “tiro no pé” para a empresa.
3. Misturar as contas e receitas da empresa com as dos sócios. O empresário que mistura as despesas da empresa com as pessoais impossibilita a leitura exata dos custos da empresa, levando à determinação incorreta do preço de seus produtos e serviços. O que pode inviabilizar o negócio.
4. Assumir e tomar decisões sem informações precisas, principalmente financeiras. Saber de forma exata qual o custo operacional da empresa, área por área, é de extrema importância para definir o preço de venda correto dos produtos e políticas de descontos. É necessário ter um controle detalhado de todas as despesas fixas e variáveis, das receitas dos investimentos.
5. Ausência de metas e prazos para os gestores, líderes e membros das equipes. A definição de prazos para a entrega de tarefas de cada sócio, gestor, líder e membro de equipe é de extrema importância. Deve-se eliminar o emprego do gerúndio, principalmente nos feedbacks de cobrança (“estou terminando”, “estou providenciando”, “estou analisando”). As contas têm data fixa para pagamento e o atraso de uma tarefa pode atrasar toda uma cadeia, influenciando a receita da empresa.
6. Retardar decisões. Prorrogar uma decisão só aumenta o problema e o processo de mudança é comprometido. Principalmente quando a decisão envolve mudanças de procedimentos, demissões, suspensão de operações, aumento no investimento, entre outras mudanças importantes. Se uma decisão precisa ser tomada, tome!
7. Dependência de funcionários, fornecedores ou clientes. A dependência traz riscos significativos para a empresa. Desenvolva ao menos dois funcionários com conhecimento nas atividades principais, construa relacionamento sempre com dois fornecedores distintos da mesma matéria-prima e horizontalize o quanto mais a sua carteira de clientes.
8. Soberba e prepotência organizacional. Ouvir e considerar a opinião e a sugestão do sócio, dos funcionários, clientes e fornecedores, é importante para a sustentabilidade da empresa. Atualizar-se e se aperfeiçoar continuamente, com networking, consultorias e treinamentos, é agregar valor a sua empresa.