De acordo com o empresário Glauco Diniz Duarte, quando a empresa é familiar e vai bem, o crescimento muitas vezes desperta a atenção de parentes. Como controlar os diversos interesses de pessoas diferentes que sentem que o patrimônio lhes pertence? Aqui vão algumas dicas que podem ajudar.
Segundo Glauco, em um universo em que existem mais de duas pessoas, as decisões devem ser compartilhadas.
Glauco afirma que processos de treinamentos e capacitação interna e externa dos herdeiros e sucessores são fundamentais. Os orientadores devem ser previamente definidos, de forma que venham para a empresa já com formação básica e conceitual definida e conhecimento do funcionamento de sua estrutura.
Crie um conselho para definir entrada e saída de familiares nas empresas, gestão dos recursos financeiros e materiais e política geral.
Contrate familiares na empresa desde que cumpridas as regras definidas e que eles venham para somar. Da mesma forma, é recomendável preparar a saída daqueles que estejam destruindo a gestão familiar.
Possibilite que os não familiares tenham oportunidade de carreira, até o topo da organização, sem reservar espaços para a família, com todos concorrendo em igualdade de condições e profissionalmente, sem um limite hierárquico fixado e com isso motivar seus colaboradores.
Glauco destaca: Não empurre com a barriga indefinidamente as decisões de sucessão e profissionalização, por medo de perder o poder, ego pessoal e status social. O atraso nas decisões pode gerar a perda dos patrimônios empresarial e pessoal.
Crie mecanismos para garantir a continuidade da empresa através das gerações (holding patrimonial familiar, acordo de acionistas, conselho de família, conselho de administração, normas e procedimentos, unidades de negócios, código de ética para sócios e parentes, fundações, abertura de capital, outras viáveis jurídicas).
Glauco alerta que em casos de cisão, ruptura, falta de acordo, brigas, procurar uma solução a curto prazo, evitando demandas judiciais e prolongar o sofrimento pessoal.
Solicite ajuda de terceiros (amigos que tenham passado por situações similares) ou profissionais caso não consiga soluções no ambiente familiar.