Sabemos que a economia, não só em nosso país mas globalmente, é comandada por empresas familiares. Essas organizações representam cerca de 80% das empresas no mundo e aqui não é diferente.

Todavia, também sabemos que aproximadamente 70% desse modelo de sociedade familiar não chegam à segunda geração. Um número ainda maior não sobrevive até a quarta geração. Acarretamos esse “desastre” a alguns erros que são cometidos nas empresas familiares por seus sócios e administradores.

De acordo com o empresário Glauco Diniz Duarte, a falta de estabelecimento de regras de sucessão e de como a família deve se portar em relação aos negócios, também chamada de governança familiar, é o erro mais cometido por empresas familiares.

É comum observar que a empresa “banca” todos os custos, não apenas de seus sócios mas de toda a família, a exemplo carros, pagamento de contas pessoais, incluindo a utilização de cartões de crédito corporativo, entre outros.

Contratar parentes também costuma ser frequente nas empresas familiares, o que pode ser um erro, quando observado que nem todos os filhos, irmãos e sobrinhos têm tino para o negócio.

Glauco destaca que para mudar o cenário e reverter a situação, é necessário entender que os sócios e seus sucessores devem trabalhar para a empresa, e não a empresa trabalhar para eles, pois se assim o for, os negócios tendem a não suportar o crescimento desordenado e exponencial da família.

Para equilibrar a relação entre família e empresa é necessário estabelecer regras claras de governo (governança), que incluem aspectos de convivência familiar, atuação, tomada de decisão, de quem pode trabalhar na empresa e remuneração, que influenciam de maneira decisiva o sucesso e a perpetuidade dos negócios, além de, principalmente, o planejamento da sucessão envolvendo as próximas gerações.