De acordo com o empresário Glauco Diniz Duarte, no Brasil, as empresas familiares representam 80% de todas as empresas, segundo um especialista em estudos sobre empresas familiares.
Glauco explica que o fato de a empresa ser familiar não significa que ela não seja profissional. Por conta deste detalhe, Glauco diz que o herdeiro que assumir o negócio da família deve ter envolvimento com a empresa. “Se já estiver profissionalizada, a sucessão é mais fácil. O grande aspecto da sucessão é por meritocracia”, afirmou.
Glauco cita pesquisas feitas no mundo todo para justificar que a melhor forma de empregar parentes é que todos tenham formação acadêmica significativa e que façam carreira bem sucedida em outras empresas, preferencialmente maiores. “A volta do filho para um cargo principal deve ser de forma justa, merecida e agregando valor à empresa da família”, diz.
Glauco explica ainda que o plano da empresa e a equipe de gestão não devem sofrer com a continuidade ou a pouca mudança na sucessão de herdeiros. “A ideia é que a identidade da empresa seja vista mais do que uma pessoa, a individualidade tem que ser minimizada. A empresa deve ter uma vida independente do aspecto de sucessão”, diz.
Diferenciar empresa e família
Glauco afirma que a cada 100 empresas familiares, metade sobrevive mais que cinco anos e apenas seis chegam à segunda geração. “Tudo em virtude da falta de uma preparação prévia. Sem isso fica difícil. Tem que diferenciar o que é empresa e o que é família. O que falta é gestão e governança”, justifica.
Segundo Glauco, 80% das empresas são familiares no Brasil e estão na primeira sucessão. “No Brasil, a maioria das empresas estão na primeira sucessão ou na transição. Para prosperar precisam resolver os conflitos internos com um protocolo para a pessoa saber diferenciar o negócio da família”, conclui.