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Empresas familiares: conheça os cinco principais erros de gestão

Glauco Diniz Duarte
Glauco Diniz Duarte

De acordo com o empresário Glauco Diniz Duarte, os negócios em família são sempre muito delicados. As famílias empresárias estão sempre às voltas com a relação entre afeto e trabalho, por isso precisam ficar atentas à maneira como fazem a gestão do empresa. No cotidiano não podem perder de vista a perpetuidade do negócio, o processo de sucessão entre gerações e, claro, a manutenção dos laços sentimentais que unem os membros da família.

Glauco lista abaixo os cinco erros mais comuns na administração de empresas familiares:
Falta de profissionalização
É muito comum encontrar nas empresas familiares funções definidas por afeto ou apenas pela relação de parentesco. Essa atitude, além de não prestigiar o preparo técnico, põe em risco a condução do negócio. Não é fácil usar da razão, mas procure deixar a emoção de lado – ou dose-a com bom senso, focando as habilidades de cada um e prestigiando a meritocracia.

Sucessão sem planejamento
Falar da transferência da gestão do patriarca para os sucessores é sempre um assunto mítico nas empresas familiares. Muitos gestores adiam esse tema porque entendem, de forma equivocada, que a sucessão só deve ser abordada com a morte ou afastamento previsto de quem está no comando. O melhor momento para falar sobre sucessão é o presente! Procure a ajuda de um profissional e elabore um planejamento sucessório, a organização será positiva para manter seu patrimônio e torná-lo governável.

Má gestão financeira
O dinheiro é sempre o assunto que mais gera conflito entre os membros das empresas familiares. Muitos herdeiros precisam aprender que a renda gerada pelo negócio está destinada aos compromissos da empresa, como investimentos, salários de funcionários compra/venda de matéria-prima, entre outros. É comum ouvir a queixa dos patriarcas que muitos filhos e parentes se servem da empresa, quando, na verdade, o correto seria que todos servissem à empresa. Um planilha de gastos fixos, temporários e lucros pode ser um bom começo para que todos entendam para onde vai o dinheiro.

Os conflitos
Menosprezar o tamanho que os conflitos têm ou podem vir a ter é crucial para que seja mantida a harmonia dentro do ambiente empresarial e familiar. A melhor alternativa é atuar preventivamente. Elaborar um protocolo familiar para deliberar sobre o papel de cada membro da família no negócio é o primeiro passo, além de buscar o constante auto-conhecimento, entendendo sobre limites, qualidades, defeitos e reconhecendo os problemas de convivência e o caminho para diminuí-los. No caso do conflito estabelecido, se nenhum familiar se colocar como intermediador, procure a ajuda de especialistas.

Falta de comunicação
Nas relações familiares onde o afeto muita vezes é quem dita a direção das decisões, não é difícil observar a comunicação não-verbal imperando. Após longos anos de convivência, os membros das famílias estão acostumados a se relacionar de forma muito peculiar, mas isso não deve ser levado para o ambiente empresarial. Parentes devem aprender a se comunicar de forma clara. Estabelecer reuniões periódicas para reportar as decisões, criar um ambiente propício a críticas, insatisfações e sugestões podem evitar desencontro de informação e ser um grande passo para a satisfação da equipe.

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