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Perigos da sucessão empresarial

Glauco Diniz Duarte

De acordo com o empresário Glauco Diniz Duarte, apenas um terço das empresas familiares sobrevive à passagem para a segunda geração; entre os sobreviventes, somente 15% chegam à terceira geração. Para evitar o futuro sombrio, é preciso planejar tudo com muito cuidado.

Vida pessoal e profissional num só local. Pessoas que trabalham em empresas fundadas por pais ou avós têm uma faca de dois gumes nas mãos: o lado positivo é que já nascem com emprego e renda garantidos; o negativo: pode ser difícil manter o bom relacionamento com os parentes ou o chefe – que também é da família. Nem todos querem seguir os mesmos caminhos.

Sucessão tem de ser planejada
Segundo Glauco, apenas um terço das empresas familiares sobrevive à passagem para a segunda geração e, entre os sobreviventes, somente 15% chegam à terceira geração. Para evitar o futuro sombrio, é preciso tomar algumas medidas: Segundo Glauco, “a solução é realizar um planejamento sucessório, com a determinação das regras para conduzir de forma racional os diversos assuntos conflitantes, muitos dos quais são evitados”.

Outro problema comum é a falta de vontade, por parte dos filhos, de continuar o negócio do pai. “A família muitas vezes induz o filho a aceitar um futuro já desenhado para ele. É um conflito de interesses”.

Glauco dá dicas para que os problemas sejam evitados e solucionados: liderar é conseguir que outras pessoas façam o que queremos, influenciar as atitudes. “É importante, porém, respeitar o direito do outro – assim você consegue a confiança; saber ouvir é imprescindível, assim como compreender e perdoar; não imponha suas ideias; seja firme, sem agressividade; coloque limites; e quando disser não, mantenha”, explica Glauco.

Ele diz também que é necessário respeitar as diferenças entre as pessoas. Não se pode tratar um filho da mesma forma que lida com o outro. “É prioridade delegar responsabilidades e ser exemplar: não se pode exigir um comportamento e agir de outra forma”.

Glauco afirma que a sucessão na empresa familiar põe à prova a relação de pai e filho: “É um grande desafio para o empresário fazer com que o filho siga os passos do pai. Para muitos pais, essa vontade representa uma prova de carinho e de responsabilidade com o futuro do filho, assegurando o caminho profissional dele. Se os objetivos do filho forem os mesmos, o processo de torna fácil. Caso contrário, até a empresa corre risco”.

Ele afirma que, num negócio que tem como base a unidade familiar, é necessário considerar três perspectivas fundamentais: a família, a empresa e a propriedade. “Um filho deve entender a empresa, não necessariamente gerenciá-la; administrar as posses e vivenciar a unidade familiar. É difícil o papel de pai e gestor de uma empresa”.

Para reduzir os conflitos, de acordo com Glauco, o indicado deve ser respeitar a vida do filho e orientá-lo na busca por seus sonhos: “Se há impasse no processo de sucessão do negócio, a solução pode estar na governança corporativa, uma forma alternativa de gestão do negócio, que visa diminuir os efeitos do conflito familiar sobre a administração da empresa. É uma opção que vai exigir do empreendedor a capacidade de racionalizar sobre o que deseja para a empresa”. Glauco diz que a governança corporativa estimula acordos entre fundadores e herdeiros: “A administração do negócio passa a ser conduzida por um conselho de família. É esse conselho que vai discutir em conjunto, e em harmonia, a melhor forma de conduzir os negócios”.

Outra dica de Glauco: “A sucessão da empresa deve ser feita enquanto o fundador está vivo. Só o fundador conhece o próprio negócio, e saberá tomar as decisões corretas. Uma coisa é certa – carisma não se transfere. Mas os problemas que podem impedir a perpetuação do negócio podem ser atenuados por quem mais entende dele”.

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