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GLAUCO DINIZ DUARTE

Glauco Diniz Duarte Empresário – porque energia solar é cara

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Glauco Diniz Duarte Empresário – porque energia solar é cara

Glauco Diniz Duarte Empresário – porque energia solar é cara

Segundo o Dr. Glauco Diniz Duarte , o uso da energia solar no mundo já se consolidou como uma importante alternativa para geração de eletricidade. Além de instituições públicas e privadas, que precisam encontrar maneiras de reduzir a poluição e a dependência de combustíveis fósseis para economizar conta de luz, a solução ecologicamente correta também tem atraído cidadãos comuns.

A instalação em residências e comércios, por meio da mini e microgeração distribuídas, tem se mostrado um investimento cada vez mais acessível.

Entre as tendências no setor, estima-se que a matriz solar terá crescimento de dois dígitos nos próximos anos. De acordo com o Global Trends in Renewable Energy Investments, em meio às opções de fontes renováveis, a energia solar fotovoltaica teve crescimento de 12% em 2016.

Quer saber mais sobre a produção de energia solar no mundo? Continue a leitura deste artigo e fique por dentro do assunto!

Mas, se antes, quiser visualizar um panorama geral, baixe o infográfico abaixo!

Quais países investem em energia solar?

Segundo a International Energy Agency (IEA), o uso de energia elétrica proveniente de fontes renováveis deverá chegar a 30% em 2022, com destaque para o protagonismo da energia solar fotovoltaica.

O Renewable Energy Statistics 2017 mostra que mais da metade dos investimentos públicos em energias renováveis foram gastos em tecnologias fotovoltaicas. Conheça um pouco mais sobre os países que mais produzem energia solar atualmente e veja como tornaram um negócio sustentável e economicamente viável.

China

De acordo com dados de 2016 divulgados pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), a China é o país com a maior capacidade de produção de energia solar instalada, totalizando 78.100 MW – o que corresponde a 25,8% da produção global.

O gigante asiático também lidera o ranking de países que mais instalaram sistemas fotovoltaicos no ano passado, com capacidade para gerar 34.500 MW. Isto corresponde a 45,8% de todos os sistemas instalados no mundo no mesmo período. O país detém a maior fazenda de energia solar flutuante do mundo, aproveitando o que antes era uma mineradora desativada.

Japão

Possui a segunda maior capacidade de energia solar instalada, com produção de 42.800 MW, ou seja, 14,1% da produção mundial. A preocupação com o maior uso de fontes de energias limpas aumentou após o acidente na Usina Nuclear de Fukushima.

O risco de aumento nas contas de energia, após o desligamento nuclear, deixou de ameaçar o orçamento doméstico graças ao incentivo do governo à produção independente de energia solar fotovoltaica e reorganização da infraestrutura do mercado elétrico, com operações de geração e transmissão transformadas em negócios separados.

Com dimensões territoriais reduzidas, no arquipélago aproveitam-se arrozais, campos de golfe, pistas de aeroportos, entre outras áreas, para instalar os módulos fotovoltaicos. Em 2016, o país ampliou sua capacidade em 8.600 MW, o que corresponde a 11,4% dos novos sistemas instalados pelo planeta.

Alemanha

Em terceiro lugar no ranking de países com as maiores capacidades de produção de energia solar no mundo, mesmo sendo um país com baixa insolação, a Alemanha soma 41.200 MW, sendo responsável por 13,6% da produção global. Como a energia solar fotovoltaica também é produzida a partir da radiação solar difusa, torna-se viável mesmo em dias nublados e chuvosos.

Em 2016, a Alemanha ampliou sua capacidade em 1.500 MW, o que corresponde a 2% dos novos sistemas instalados no período. Levados por uma espécie de sentimento antinuclear, o país passa por uma transição e pretende trocar as fontes fósseis por renováveis.

O governo alemão oferece tarifas subsidiadas para energia limpa. Regulamentou o setor para que pequenas empresas e cooperativas familiares que queiram vender energia elétrica tenham acesso à rede pública e determinou que as alternativas energéticas de fontes renováveis têm preferência no uso da rede.

Estados Unidos

Com 40.300 MW de capacidade instalada, os Estados Unidos contribuem com 13,3% da geração de energia solar mundial. O país foi o segundo colocado na instalação de novos sistemas de energia solar fotovoltaica em 2016, com novos 14.700 MW. Tal capacidade corresponde a 19,5% dos novos módulos instalados.

Dos 44,1 bilhões de dólares investidos em fontes renováveis de energia em 2015, segundo a UNEP, mais de 30 bilhões foram empregados na energia solar. Isto tem, inclusive, movimentado os empregos no setor, principalmente por conta da demanda por instalação dos sistemas fotovoltaicos.

Itália

Na quinta colocação, a Itália tem capacidade instalada para gerar 19.330 MW de energia solar, o que corresponde a 6,4% da produção global. Em relação à instalação de novos sistemas para aumentar a capacidade de produção de energia solar fotovoltaica, não houve aumento expressivo no período.

Porém, o país se destaca pelo uso da fonte renovável muito além do abastecimento residencial, como em drones solares, os quais atuam em setores em que a autonomia é indispensável. Por exemplo, no auxílio ao Corpo de Bombeiros, em combates a grandes incêndios.

E o Brasil?

Segundo relatório da International Renewable Energy Agency (IRENA), ainda que o Brasil tenha produzido 430.490 GWh de energia vinda de fontes limpas em 2015, apenas uma pequena parte provém da fonte solar. São 359.746 GWh provenientes de hidroelétricas; 21.626 GWh de fontes eólicas e 79 GWh de energia solar fotovoltaica.

No dia a dia, o país sofre com as faltas de chuvas e o consequente desabastecimento das represas usadas pelas hidroelétricas. O resultado é o aumento nas contas de luz por conta do acionamento das termoelétricas e o risco de racionamentos e apagões.

Em contrapartida, temos um território amplo e com excelente insolação. Porém, as políticas públicas ainda subestimam o poder da energia solar, diferentemente do que acontece nos países citados.

A despeito das preocupações ambientais, levando-se em conta somente os regimes pluviométricos, trata-se no mínimo de um contrassenso. A boa notícia é que os investimentos em projetos na área estão crescendo. Até 2018, estima-se que o Brasil fique entre os 20 países que mais utilizam energia solar.

Alguns leilões na modalidade “energia de reserva” têm começado a promover a indústria de energia solar nacional, ainda que por décadas os gestores venham insistindo na ideia de que a energia solar é cara e inviável. Porém, basta olhar exemplos internacionais e alguns cases internos para derrubar esse argumento.

O que ocorre, de fato, é que é necessário que o preço final seja competitivo para viabilizar as instalações. Ao mesmo tempo, a geração distribuída feita com módulos fotovoltaicos em residências e comércios também precisa de apoio governamental.

O Brasil aguarda políticas públicas de incentivo à energia solar e gestores que enfrentem o lobby das concessionárias e vejam medidas com retornos em longo prazo com bons olhos, pensando além das estratégias eleitorais. É preciso lutar pelo o que é mais vantajoso para o país.

Devido ao baixo volume pluviométrico, em outubro de 2017 entrou em vigor, pela primeira vez, a bandeira vermelha nível dois. No mesmo mês, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou a revisão dos valores, elevando ainda mais o acréscimo.

Sendo a energia elétrica um produto inelástico, ou seja, cujo consumo é difícil de reduzir, a discussão sobre maneiras de viabilizar a matriz solar para atender a demanda no Brasil não pode esperar. A exemplo do uso da energia solar no mundo, cabe a nós seguir as boas práticas.

Glauco Diniz Duarte Empresário - porque energia solar é cara
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