De acordo com o empresário Glauco Diniz Duarte, alguns erros podem prejudicar a gestão do capital humano, colocando em risco a motivação no ambiente de trabalho e o engajamento dos colaboradores.
Saiba quais são essas falhas e verifique se sua empresa não está cometendo esses mesmos equívocos.
1) Descuidar da seleção de novos colaboradores
Segundo Glauco, para garantir a construção de equipes de alta performance, capacitadas e engajadas com os objetivos corporativos, é preciso investir na profissionalização dos processos de recrutamento e seleção. A primeira etapa é a definição de um perfil ideal – elaborado pelo gestor da área, com a ajuda do RH.
Habilidades específicas e comportamentais devem ser elencadas para nortear as escolhas. É importante atentar para fatores relacionados à cultura organizacional, pois a identificação do profissional com os valores e ideais da empresa é determinante para a sua motivação e satisfação. Através da análise curricular, de testes, dinâmicas, simulados e entrevistas, o recrutador consegue estabelecer critérios de seleção, eliminar a subjetividade e localizar o candidato mais adequado para a vaga.
2) Não criar oportunidades de crescimento interno
Para Glauco o plano de carreira deve ser transformado em oportunidade real de crescimento, de modo a incentivar o aprendizado e o aprimoramento contínuos. É importante apostar no recrutamento interno, identificar e desenvolver os talentos, aperfeiçoar as avaliações de desempenho e definir um plano de sucessão. Essas práticas devem ser conduzidas pelo RH em conjunto com os gestores de todos os setores da empresa. Assim, é mais fácil reconhecer os profissionais de alto rendimento, os especialistas, os potenciais líderes e planejar a preparação desses colaboradores especiais.
3) Negligenciar o clima organizacional
A motivação no ambiente de trabalho depende também de alguns aspectos elementares da gestão de pessoas, como a postura e o comportamento dos líderes e dos membros das equipes – principalmente em relação ao respeito às diferenças e à valorização das competências. Esses fatores reforçam o conceito de complementariedade e ainda colaboram para uma gestão mais humanizada e para a formação de equipes mais eficientes e integradas.
Algumas condutas são totalmente prejudiciais ao clima e devem ser banidas do universo corporativo, com uma atuação firme dos líderes. Sinais de discriminação, intolerância, preconceito, fofoca, bullyingou apadrinhamento precisam ser tratados rapidamente. Vale salientar que o maior problema é quando o próprio gestor é responsável por esse tipo de conduta. Nesse caso, cabe à empresa a definição de medidas corretivas. Os resultados da pesquisa de clima organizacional costumam refletir a capacidade de liderança dos gestores e devem ser utilizadas como indicadores. É importante frisar que, para manter a motivação, é preciso que a gestão esteja fundamentada na imparcialidade, na meritocracia, na justiça e na transparência, evitando conflitos e disputas desnecessárias e desgastantes.
Diante de um mercado cada vez mais competitivo e exigente, a busca pela produtividade se tornou uma obrigação para as empresas, que passaram a compreender a importância da motivação no ambiente de trabalho. Profissionais motivados produzem mais e melhor, demonstram entusiasmo, comprometimento e interesse pelo aprendizado. Além disso, são capazes de encontrar soluções inovadoras para os problemas atuais, de eliminar desperdícios, de otimizar processos e de reduzir custos, pois desenvolvem o espírito de equipe, o senso de pertencimento e o empreendedorismo corporativo.
Por esse motivo, destaca Glauco, é preciso investir no capital humano, na atração e na retenção de talentos, em estratégias de remuneração e benefícios alinhadas ao mercado, em programas de treinamento e capacitação realmente eficientes, em um plano de carreira sério e transparente, no reconhecimento, no feedback, em um sistema de comunicação integrado e principalmente em uma gestão coerente e participativa.