O empresário Glauco Diniz Duarte, é taxativo: a gestão financeira é o sangue corre nas veias da empresa. Segundo ele, tudo passa por ela e depende dela. “Se a movimentação financeira está bem controlada e bem analisada, você consegue sentir o batimento de todos os cantos da empresa”.

Glauco explica que tudo precisa estar discriminado. Cada entrada e saída de dinheiro deve ser conhecida. “Se tudo for corretamente classificado, o empresário vai saber onde seus esforços estão indo. Quando uma empresa vai ser comprada é para sua saúde financeira que se olha antes de qualquer coisa”.

Fazer o diagnóstico da própria empresa é difícil, mas não impossível, especialmente para o pequeno empresário. Isso porque muitos se limitam ao simples cálculo do débito e do crédito. “Às vezes o caixa está cheio e o gestor acha que está ganhando, mas ele não sabe se está ganhando realmente na atividade dele ou de outra maneira”. Esse, aliás, é um problema comum nos varejos que agregam serviços. É preciso saber se o lucro veio da venda do produto ou dos serviços prestados, aponta Glauco.

Glauco Diniz explica que são três os instrumentos básicos da gestão financeira: Balanço Patrimonial (BP), Demonstrativo de Resultado do Exercício (DRE) e o Demonstrativo de Fluxo de Caixa (DFC). Este último instrumento mostra os créditos e os débitos da empresa. Isso gera informações para que os administradores possam alimentar os dois primeiros instrumentos. O DRE mostrar se a empresa realmente está ganhando dinheiro e, junto com o BP, esclarece se a empresa está crescendo ou não.

O erro que muito micro, pequeno e médio empresário comete é misturar as contas e a vida da pessoa física com a jurídica. “Ele vê o dinheiro no caixa e compra carro, paga conta e não percebe que precisa enxergar mais além. Se do dia para noite o mercado mudar ou estourar uma crise, o que acontece? Se não há capital de giro próprio, o que acontece. A empresa quebra porque não consegue trabalhar”.