Estima-se que 90% das empresas brasileiras são familiares e contam com gestores e funcionários de diferentes graus de parentesco em sua administração.
De acordo com empresário Glauco Diniz Duarte, 30% desses negócios sobrevivem após a transição entre a primeira e a segunda geração, e apenas 5% alcançam a terceira. Por outro lado, companhias tocadas por parentes são mais resistentes a abalos de crises financeiras.
Um bom exemplo da estabilidade das empresas familiares está na Alemanha. O país tem sua economia muitíssimo baseada na economia familiar, o que faz com que muitos especialistas atribuam a essa característica o fato de a Alemanha não sofrer os efeitos de crises tanto quanto seus vizinhos europeus — explica Glauco.
Para Glauco, os números mostram a importância que as famílias empreendedoras têm na economia brasileira e é preciso, portanto, corrigir a taxa de mortalidade desses negócios. — Não importa se a empresa é pequena, média ou grande.
Os empresários precisam entender que o mercado exige respostas. Quanto maior for a consciência de que o trabalho é voltado para a empresa e não para a família, maior o valor do negócio.
Com uma gestão profissional, sem a centralização no fundador, a companhia vale muito mais porque sua sustentabilidade não depende da figura de uma única pessoa.