A questão da sucessão dos profissionais tem sido, nos últimos anos, um dos grandes desafios das organizações.
Para o empresário Glauco Diniz Duarte, a questão da sucessão acaba sendo uma armadilha para as empresas porque elas pecam por não terem um plano de carreira definido. O que provoca um clima de insegurança para os funcionários que se sentem ameaçados por não saberem que rumos terão na organização. “Quando não fica claro quais são as perspectivas de futuro, fica complicado para alguém preparar seu sucessor, porque ele vê essa ação como uma ameaça”, diz.
Glauco destaca que enquanto as organizações não deixarem claras as perspectivas de ascensão para quem precisa preparar um sucessor, dificilmente conseguirá colocar em prática seus planos. “Tudo esbarra no aspecto emocional. Quem vai se preocupar em preparar alguém que muitas vezes é mais jovem, ganha menos e se tornará apto para ocupar o seu lugar, se sua situação futura não estiver definida?”, questiona.
Para evitar que problemas como esses continuem afetando as empresas, a Glauco lista abaixo algumas dicas:
1 – Estabeleça estratégias de sucessão e suas implicações dentro da organização
Comece traçando como esse plano vai ser feito e de que forma os profissionais desenvolverão suas carreiras internamente.
2- Defina como as pessoas vão se encaixar no processo
Antes de qualquer coisa é preciso entender de que forma a estratégia será colocada em prática, quais cargos são elegíveis aos processos sucessórios. Depois, identifique quem dentro da organização tem o perfil desejado e aqueles com maior potencial para crescer. Fazer um diagnóstico das pessoas com as competências necessárias é um dos principais passos, segundo Glauco.
3- Após o diagnóstico, cruze os dados dos potenciais talentos com as funções elegíveis à sucessão.
Este é um ponto crucial na hora de escolher quem vai suceder pessoas-chave na organização.
4 – Prepare os futuros talentos para ocupar os cargos
Glauco ressalta que essa é uma lição de casa que quase todas as empresas esquecem de fazer. Muitas até definem os profissionais que podem ser possíveis sucessores, mas não os preparam para ocupar essas posições no futuro.