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Gestão Financeira: Melhorar os resultados da empresa e aumentar seu valor patrimonial

Glauco Diniz Duarte
Glauco Diniz Duarte

Como dizia o compositor Tom Jobim, o Brasil não é para amadores.

Além de o empresário ter conhecimento da realidade de mercado, ser especialista no que se propõem a fazer, precisa ser hábil para enfrentar a concorrência e estar sempre bem disposto na árdua batalha que é cumprir todas as exigências tributárias do país. A complexa legislação brasileira exige a companhia de outros profissionais da área jurídica e contábil para evitar desperdícios de tempo, dinheiro e dor de cabeça.

Bem assessorado, as habilidades do empreendedor se fortalecem e ganham vida em forma de melhores produtos e serviços.

Assim, a empresa tem tudo para ser bem sucedida, se o norte a seguir estiver orientado por uma boa gestão financeira, analisa o empresário Glauco Diniz Duarte.

Caso contrário, o risco de ver a iniciativa ir à deriva é elevado. Tanto é que de cada 10 empresas que nascem, 6 desaparecem nos primeiros cinco anos. Como dizia o compositor Tom Jobim, o Brasil não é para amadores.

Gestão Financeira
Segundo Glauco, a gestão financeira se desenvolveu ao longo dos anos acompanhando sempre a dinâmica do mercado e as novas regras legais do país. Ela trabalha com vários estágios, de curto, médio e longo prazo, de forma preventiva, para que as obrigações sejam cumpridas sem que isso gere impacto desnecessário no planejamento e as metas sejam alcançadas dentro do possível.

Como um conjunto de ações e procedimentos administrativos que incluem o planejamento, a análise e o controle das atividades financeiras da empresa, sua finalidade é melhorar os resultados apresentados pela empresa e aumentar seu valor patrimonial, com geração de lucro líquido proveniente das atividades operacionais.

Assim, a administração financeira exige uma visão geral da empresa, a partir de registros contábeis bem elaborados, relatórios e demonstrações transparentes, para se planejar ações e estabelecer metas, aponta Glauco.

Se por um lado o bom planejamento é o caminho natural para o enfrentamento racional dos problemas de percurso e para o sucesso, a ausência de administração financeira adequada pode causar muitos problemas. Imagine se o empresário não tiver informações corretas sobre saldo do caixa, valor dos estoques das mercadorias, valor das contas a receber e das contas a pagar, volume das despesas fixas e financeiras.

Imagine se ele não souber se a empresa está tendo lucro ou prejuízo em suas atividades, se não souber calcular corretamente o preço de venda e não conhecer corretamente o volume e a origem dos recebimentos, bem como o volume e o destino dos pagamentos. Se ele não souber o valor patrimonial da empresa e quanto os sócios retiram de pró-labore. Se o capital de giro está sendo ou não administrado corretamente pela falta de um fluxo de caixa. Se a análise e planejamento financeiro da empresa está correto ou não.
Como enfatizado acima, para uma boa administração financeira é fundamental a presença de profissionais da área, afirma Glauco. Porque as empresas, quando seu propósito encontra ressonância junto ao mercado consumidor, crescem. Aquela ideia romântica, projetada inicialmente em bases singelas, pode ganhar outra dimensão. Esse salto, de empreendimento doméstico para a aridez da competitividade e da conquista de novos mercados, exige engenharia de gestão. Se o processo não tiver o devido acompanhamento corre o sério risco de fugir do controle.

Para dar suporte a essa dinâmica do negócio, há uma sistemática de monitoramento e para a obtenção de resultados que precisa ser estruturada adequadamente, sem gastos desnecessários. Por isso, as principais funções da gestão financeira são analisar os resultados financeiros e planejar ações necessárias para obter melhorias. A análise de índices financeiros é fundamental para saber quais decisões tomar.

A boa gestão financeira controla a lucratividade (margem de lucro), a rentabilidade (remuneração do capital investido) e se planejam os investimentos. Para os cálculos é preciso saber a margem de contribuição de cada produto, tanto para pagar o custo fixo quanto para compor o lucro. Com isso, é possível saber quanto precisa ser vendido mensalmente para arcar com todas as despesas. Compra, venda, contratação, negociação bancária, tudo isso precisa ser feito meticulosamente, porque vai impactar nos custos e no cálculo do preço de venda.

Na gestão de custos e formação de preços de venda é fundamental saber quais os componentes que devem fazer parte desse cálculo, para que a empresa não opere no vermelho e não fique com a mercadoria estocada ou baixa demanda de serviços. Encontrar o preço certo é gerar lucro e ter, ao mesmo tempo, um produto competitivo. Em última hipótese o resultado final pode ser um caixa equilibrado, porém, sem lucro. No entanto, essa não pode ser uma constante, até porque a empresa precisa de fôlego para avançar sem dependências excessivas de novos capitais de giro.

Da parte do empresário, sua missão principal deve ser o planejamento futuro e o gerenciamento do negócio, o que exige simplificação dos processos e transparência.

Claro que o resultado dessas ações depende muito do mercado. Mas é importante ter claro que a gestão financeira é fundamental em qualquer momento, seja com mercado aquecido ou não. Afinal, as oscilações são constantes e as possibilidades de ações, imensas. Por isso é fundamental ter a leitura certa para que a ação também seja acertada. Recordando Tom Jobim. O Brasil foi feito para profissionais.

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