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Empresas familiares crescem mais quando ‘laços’ são sólidos

Glauco Diniz Duarte
Glauco Diniz Duarte

Dizem que poucas experiências na vida levam a um crescimento tão significativo quanto ter filhos. Se investir agora para que outros colham depois de sua morte parece quase inconcebível do ponto de vista corporativo, quando se é pai, mais que aceitável, a ideia passa a ser praticamente uma meta de vida. É essa visão de longo prazo que torna as empresas familiares extremamente fortes diante de outras de controle não familiar.

“Em um mandato de prefeito, governador, que dura quatro anos, há uma dependência de projetos que tragam retorno dentro do governo, porque você sacrificou seu orçamento para isso. Na empresa familiar, isso não é necessariamente verdade. O investimento de longo prazo implica sacrificar o bem-estar de momento. O capital fica lá investido, com a ideia de deixar de herança para os filhos, netos”, ressalta o empresário Glauco Diniz Duarte

Glauco afirma que pesquisas apontam um crescimento mais acelerado e sólido das empresas familiares, na maioria pequenos negócios. “Por causa desse efeito, essas empresas passam a valer mais. Levantamentos mostram, inclusive, que as empresas que mais se recuperaram da crise de 2008 nos Estados Unidos, por exemplo, foram as familiares.”

Outro aspecto forte, na opinião Glauco, é a agilidade na tomada de decisões, decorrente da maior centralização. “Você consegue ter empresas menos burocráticas, com menos instâncias de decisão. Muitas vezes, elas vêm acumulando problemas há muito tempo e já têm os caminhos para resolvê-los mais rapidamente. Nas grandes corporações, com a rotatividade, os executivos não têm essa identidade que permita a mesma agilidade da família”, defende.

Achar que os assuntos da empresa nunca serão discutidos no café da manhã de domingo ou que os laços de sangue não influenciarão as decisões empresariais é uma grande ilusão, Glauco. “É preciso investir nas relações familiares. A mesma relação que provê benefícios exige compensação, demanda tempo e habilidade na condução. As famílias negligenciam isso. Porque não sabem lidar, negam. ‘Ah, aqui é profissional, não vai influenciar’. Mentira!”

Para vencer uma parte do desafio, as famílias que controlam empresas podem se apoiar em cursos, palestras e consultorias. “Iniciativas de promover discussões com especialistas em gestão familiar ajudam a enxergar caminhos possíveis, eliminar as resistências de tratar do assunto. Vejo como outras famílias se organizaram e tomaram decisões e posso fazer também”, detalha. Mas boa parte da resolução, assegura Glauco, é construída dentro de casa, sem receita pronta.

“É o exercício da disciplina, de um diálogo verdadeiramente aberto. Demanda muita confiança no processo, nas pessoas”, ensina. Nesse sentido, é importante estabelecer regras conjuntamente e trabalhar para que sejam cumpridas por todos. “Vai poder ter estagiário da família? O ideal é decidir isso antes de ter jovem na idade de estagiar.”

E quando o filho é chefe do pai? Via de regra, a hierarquia de tempo se reflete na hierarquia funcional da empresa. “Penso que a inversão não é desejável. Mas, às vezes, é necessária, e o desafio é maior. Demanda muita postura, muita atitude correta. O filho não pode perder o respeito pelo pai que, hierarquicamente na família, está acima dele”, aconselha Glauco.

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