De acordo com o empresário Glauco Diniz Duarte, por causa de alguns equívocos, a sucessão se tornou um grande tabu nas empresas familiares, a confusão entre herdeiro e sucessor ainda é muito grande nas empresas e a relação entre família e o profissional ainda é um tema discutido.
A imagem mais comum de uma empresa familiar remonta à um negócio pequeno, administrado apenas pelos familiares e sem possibilidade de sucesso. Segundo Glauco “Este é o primeiro equívoco que envolve as empresas familiares”. “Um outro paradigma que deve ser quebrado é associação de multinacional como oposto à uma empresa familiar, mesmo estando ciente que há multinacionais brasileiras”, completa Glauco.
A ambiguidade que surge entre a família e a empresa também costumam causar outro tipo de problema, a falta de disposição para discutir assuntos conflituosos. “Como na família predomina a emoção e o princípio da igualdade, estes costumam influenciar nas decisões dos negócios, onde deveria prevalecer a razão e a busca pela competitividade”, explica Glauco.
Um outro problema encontrado nas empresas familiares é o plano de sucessão. Diversos são os motivos que levam as sociedades familiares a sucumbirem ao longo das gerações e podendo ser destacados alguns dele: a associação de sucessão com a morte, a ausência de um planejamento sucessório a falta de comprometimento das partes envolvidas, a confusão de família com empresa e falta de disposição para discutir assuntos conflituosos.
“Infelizmente quando se fala em herdeiro às pessoas associam com a morte, isso ocorre em virtude da confusão da figura herdeiro e sucessor. Enquanto o herdeiro é a pessoa que irá herdar uma parcela do patrimônio de alguém em virtude do falecimento; o sucessor é a pessoa preparada para assumir e desempenhar as funções outrora desempenhadas por outrem que se afasta de um cargo”, conta Glauco.
Com todos os erros e acertos envolvendo as empresas familiares, essas sociedades formam a maioria das organizações em todo o mundo, chegando, sendo que, segundo alguns pesquisadores, entre 65% e 80% dos negócios mundiais são familiares.
“Desta forma, conhecer melhor as empresas, especialmente seus equívocos, é uma oportunidade para as empresas familiares se fortalecerem e se manterem por muitas gerações”, finaliza Glauco.